Financiamento da Educação

Com relação à gestão financeira da escola, é necessário publicizar e explicar à comunidade escolar sobre a entrada de recursos e de como são investidos, mas isso não se pode dar numa mera apresentação de prestação de contas. Afinal, os estudos nos diversos municípios e escolas mostraram que muito ainda se tem para construir para que a gestão financeira seja um processo transparente.
Na escola onde trabalho,todos os segmentos são convocados para tomadas de decisões e controle dos gastos públicos. Em assembléias decidem, todos juntos, onde serão aplicados os recursos e após a aplicação, é feita a prestação de contas.
Porém, estudos mostram que “os atuais níveis de gastos públicos em educação são insuficientes para as necessidades de expansão e maior qualificação da educação escolar” (FARENZENA, Araújo, 2006, p. 109).
São freqüentes os discursos de gestão democrática que não se efetivam na prática. Qual o comprometimento do poder público na construção efetiva da democracia, da melhoria da qualidade na educação? Existe de fato autonomia financeira nas escolas?
Podemos fazer nossas as palavras Farenzena e Araújo (2006) quando afirmam que:
"[...] em geral, dirigentes e educadores avaliam positivamente as potencialidades do repasse dos recursos financeiros às escolas em permitir o atendimento de prioridades, de necessidades discutidas e estabelecidas em conjunto. Do mesmo modo, apontam a insuficiência dos valores de repasse, muito aquém das necessidades das escolas" (p. 115).
Não é possível assegurar a qualidade, na aquisição de materiais necessários ao bom funcionamento de uma escola afirmando que ela tem autonomia financeira com menos de R$ 4,00 por mês/aluno.